Íntegra
Essência é o cerne,
simplesmente,
o interior de tudo e de todos.
O ponto menos nítido
e mais profundo
de cada ser e coisa.
O cerne do ser
é a medula da vida,
sempre prestes a ser sugada,
todavia,sempre cautelosa,
precavida e encantada.
Sempre às vésperas
do porvir.
O tempo é a máquina
que tritura os dias,
que interrompe o gozo,
mas que fortalece o cerne,
o deixa forte e às vezes
tarde de nós,
no longíncuo pretérito imperfeito.