Nas Mãos da Criação
 

Naturezas distintas.
Haverá dia em que
o contraposto será complemento,
pois se concluirá que a contradição
é a força que anima a efemeridade,
enquanto que é o equilíbrio
que liberta para a harmonia da eternidade.
A força da águia haverá
de servir com a dedicação
e a leveza da pomba mensageira.
No jardim cósmico,
hão de brotar flores de luz,
futuros frutos da árvore da vida.
Bendito será o pólen
que fertiliza a criação
a partir da grande árvore
da única origem.
Na ausência da forma,
no esquecimento do tempo,
vibra intensa a centelha de luz.
É pequena letra a compor o poema do Pai divino
que faz-se poeta na eternidade.
E sua poesia é cheia de luzes
que habitam o céu
dos momentos noturnos terrenos.
É visão que nos trazs melancolia e saudade,
vontade de voltar para o afeto original.
A origem é manancial de sagradas águas
que cicatrizam as feridas das almas.
Líquido milagroso
que dá às grandes aves guerreiras
a mansidão das pacíficas.
E é na perseverança
na busca pela paz
que encontra-se o caminho das luzes.
Lavoura de um grande trigal,
brotam as sementes espalhadas pelo cultivador.
E o joio deve aprender a ser trigo,
pois o cultivador haverá de ser o ceifador.
Já vai longe o tempo
em que foi feito o plantio.
vicejam as sementes de trigo,
permanecem agora como intrusas
aquelas que insistem em ser joio.
O ontem brota no presente
e o futuro previsto
está cada vez mais próximo.

Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 07/12/2009
Reeditado em 07/12/2009
Código do texto: T1965280
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