Liberte-se, levanta-te e anda!
Por: Luciana Máximo e Tatiana Neves
Do pó ao pó.
Do orgulho à simples ideia de uma sórdida fragilidade humana.
Encontro-me assim... Em recomeço.
Confesso que com as pernas trêmulas e em total desalinho, mas á caminho!
Como cego tentando apoiar-me ao corrimão de uma escada que ali se encontra.
Não é nada fácil admitir a perda do meu eu subjetivo que foi tão subjulgado.
Pois é... Não fora simples compreender o que sempre foi tão óbvio.
Talvez houvesse em mim um pouco de vaidade e dizem por ai, este é o pecado predileto do diabo!
Devaneios à parte, confesso que errei.
Eu errei?
Procuro agora resposta sobre o que, em que e por que tal erro foi-me tão fatal aos demais.
Ah...! Posso afirmar demasiadamente sentimental que me doei demais.
Odeio ser sentimental!
Odeio meu aspecto natural, humano tão assim entregue e cheio de compaixão, isso nos faz tão fracos!
Cabe a mim agora encontrar em minha fraqueza um pouco de dignidade e seguir sem me doer com imagem no espelho patética que alimentei tentando por diversas vezes encontrar alguma coisa no meio do nada.Erro meu só meu e não o deixo como legado a mais ninguém!
Daquele deserto absurdo!
No meio do nada!!!!
Água!
Eu quero água!
Luz, eu preciso novamente da luz que me guiava.
É meio difícil tudo isso em um deserto.Concordas?
Mas se a fênix sobreveio de suas cinzas ao inflamar-se antes em suas chamas, eu me sinto divina ao reconhecer que agora em mim ainda resisto.
Isso pra mim já basta é só a cinza de um novo começo.
Diante de tão forte apelo, levanta-te e anda!
Acabo de ficar de pé, e não há mais as muletas, e eu também já tirei de meus olhos as vedas, portanto, aquele corrimão não me interessa mais!
Caminho por mim, só e caminho, porque é no caminhar que se faz o próprio caminho!