Submersa numa aura heliocometa,
Em crepúsculo com ténue claridade,
Soergue-se, majestosa, a silhueta
Do monumento imenso, de cor jade.
Quis fortuna que crime vil cometa
Ao espreguiçar com lânguida vontade:
Esparramou contra a córnea naveta
O Cupido frecheiro e o carcás clade.
Aprumam-se os dois fustes de alabastro.
Equino capitel, peludo ouriço jónico
Sob o umbigo grácil aurigastro.
Dum varonil e lúbrico pitónico
Pronto a lança Longinus fica mastro
A relumbrar faíscas, o maçónico!