PELA VIDA, A MORTE!
Já as respostas faltam
A essa e muitas outras definições,
Procurando sublimar a própria existência,
Que somente pelo drama é possível
A sombra aceita ser aquecida pela Luz
Que é a sua própria destruição,
Mas não é fácil encontrar o caminho
Quando eu, em treva,
Pelas trevas caminho,
(...)
Mas é esse mesmo o caminhar!
Se falta Luz,
É porque Ela não me alcança,
Se estou cansado
É porque já ha muito tenho caminhado
Na direção do Desconhecido,
Rumo ao pecado
Que nenhum demônio jamais ousou blasfemar:
saber deveras quem sou,
saber do amor,
dormir com a dor.
A isso e o infinito
Se confundem com o meu desespero
Que tem a medida da eternidade
Calculada na brevidade dessa vida,
Que cobra de mim o bradar das almas que aprisiono
No canto angustiado de minha voz:
Silêncio cansado e "impacífico"!
Quem sou?
Sou nada de que posso falar que entendam,
Sou mesmo essa sombra
Desejosa da Luz,
Que quando dela se alimentar
Morrerá,
Vivo enquanto a perssigo,
Depois então
Serei o que deveras sou:
Ignoto,
Motivo este mesmo
Ao qual procuro sublimar minha existência
Na direção do Desconhecido,
Rumo ao pecado
Que nenhum demônio jamais ousou blasfemar.
Sou deveras o que não sou
Em busca do amor
Percebido mais pela dor,
Conquistar a rosa de luz
Que presentearei a donzela desconhecida
Ainda Imerecida
Por esse pobre diabo.
Desaparecerei
Por um dia muito ter desejado viver.
A morte da densa sombra pela delicadeza da luz.