Não sei do que sou feita,
nem onde eu me encontro,
em que lugar, qual ponto,
pois minh'alma não me aceita.
...
Ouço um chamado doce e remoto
além das barreiras da infância,
e rondam-me sonhos na distância,
quereres antigos que ainda adoto.
Repleto destes doces momentos,
meu espírito me perdoa - e deita
à sombra dos anos. Aos ventos,
por fim, entrega as lembranças
- e, neste instante, aceito minha criança...
***
Silvia Regina Costa Lima
29 de outubro de 2009