Obediência
 
E era uma vez já há muito tempo
Em que a vida não limitava os passos da gente
Todo o mundo era louco de contente
Os animais falavam a língua da gente
Ou seria o contrário?
Mistério insondável .
A nossa linguagem bebera na fonte
da coragem do que eles nos ensinavam.
Porque a vida a todos pertencia.
E a abundância era riqueza que todos usufruíam
Ninguém era dono da vida
Existência do ser
Vinculada de todas as criaturas
Mediam o tempo pelas estrelas
O sol a lua o mar
A suavidade ou a secura da brisa
A energia da natureza
Competia a todas as criaturas  
Era o livro aberto da sabedoria
Onde todos compreendiam
Não havia ganância, mentira, odio  
Nem se ousava contra a sabedoria de Deus
Honrava-se o amor
Conhecido e ungido
Desejo ateado, instintos demarcados
Havia heróis sem saberem que o eram
Natureza florescente, ventres abaulados
Sinal de vida em multiplicação
Risos vagidos
primaveras em profusão
estio da abundância
semear esperar colher 
Esperança temperança  
Símbolos desses tempos
E era uma vez já há muito, muito tempo.
Que se perdeu na voragem da ambição do homem
que se excedeu… se revestiu
de uma aventura que não lhe pertencia
e quis ultrapassar a criação
abjurando a sapiência  do próprio Deus….
de tta
10~11~09
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 10/11/2009
Código do texto: T1915249
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