ELÊUSIS
A música do templo
Trás a embriaguês...
Deste canto delicioso...
E esta dança sagrada!
Em que Bailam...
As exóticas sacerdotisas...
Com impetuoso frenesi de fogo
Ofertando luz e sorrisos...
Por àqueles rincões do céu.
E a serpente de fogo
Entre mármores augustos
És a princesa da púrpura sagrada
És a Virgem dos muros vetustos.
És Hadit, a serpente alada
Esculpida...
Nas velhas calçadas de granito
Como uma deusa terrível adorada
E gênios de antigos monólitos
No corpo dos Deuses enroscada!
Nestes tempos, vi em noites festivas
Princesas deliciosas em seus leitos
E a musa do silêncio, sorria nos altares
Entre o perfume e as sedas...
Mantéia, Mantéia, Mantéia...
Gritavam as vestais...
Cheias de intenso amor divino...
Silenciosos...
As miravam os Deuses Imortais
Sob os pórticos alabastrinos...
Beija-me, amor, beija-me, que te amo...
E um sussurro de palavras deliciosas...
Estremecia o Sagrado Arcano...
Entre a música e as rosas...
Daquele Santuário Sagrado!
A Poética de um Mestre...