Liberta-Te

A mente liberta-se ao divagar,
que fazer quando é aprisionada ao voltar?
A vitória do mal parece garantida,
o bem parece ser o proprietário das dores.
É o bem crucificado,
o mártir que insiste
em existir vivo ante o mal feliz.
Mas seria real felicidade?
Ante o fogo santo da eternidade,
não seria a efemeridade apenas palha?
Talvez o juízo humano
ainda seja profundamente
ignorante em juízo divino.
Quem sabe tenhamos ilusões infantis
sobre os conceitos de força e fraqueza.
Quem sabe a razão ainda infantil
veja vulnerabilidade onde existe força.
E por assim ser não seriam os titãs humanos
apenas pequenos anões de alma?
E fosse assim, a suposta inflexibilidade
da força não seria apenas
uma trilha para seu próprio calvário?

Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 08/11/2009
Código do texto: T1912715
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