O Poeta do Deserto

Escrevo o abstrato se fosse concreto eu só lia;

Seria coadjuvante, seria alegria de um dia;

Sou protagonista dos lamentares poéticos, escracho minhas dores, o meu sangrar hipotético, falo do abstrato, amenizo o meu tédio, escrever é minha alegria, sou poeta do deserto;

E mesmo em um urbano deserto, onde a água é ser concreto, agradeço os elogios, dos coadjuvantes espertos, continuo escrevendo, protagonista mui modesto, dos abstraímos da vida, das dores e do incerto;

Em meio ao arder árido,agradeço aos espertos, pelo incentivar singelo, sou O Poeta Do Deserto, em uma sociedade seca, onde água é ser concreto.



Essa é uma dedicatória a todos nós, insanos poetas do deserto, os quais apenas nós conhecemos este ser,pelo simples e lógico fato de este ser, ser abstratamente nós mesmos.

O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 01/11/2009
Reeditado em 16/04/2017
Código do texto: T1899658
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