AMOR
Entre o chamado, alto, alado,
e a audição...
Entre o inesperado choque,
e as batidas no coração...
Entre a ironia fria, incontida,
sem compaixão,
e a ausência, ou não,
de toda e qualquer reação...
Entre a carícia, vera, ou falsa,
ou despertadora de comoção...
Entre a saudade mal saciada,
embaralhada, atormentada,
e o sofrer desta maldição...
Entre o falar
e o responder, com ou sem paixão...
Um sentimento
vivo por si, e por si repleto,
e completo em si,
e de si incerto...
Ainda bem...
Pois não é o eco...
Não são os sopros...
Não são os surtos...
Não são aqueles rumores dos loucos...
E nem os sentimentos,
sonsos, tontos, poucos,
tão poucos,
findos tão logo a história se acaba...
E onde se acha?!
E por onde anda?!
E com quem se encontra?!...
Procure aquele/aquela que se basta,
e que nem se afasta...
Atente em quem surge, e se mostra
tão só, simplesmente -
e bem transparente -
a ousada verdade;
insana liberdade!
Aquele alguém que só,
e tão somente reflete
uma estranha e risonha
criança
no olhar...
Com amor,
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