Negra Identidade
No deserto eu sou a rocha
e ainda o vento que a corrói
Sou o fogo que consome a tocha
e a água que as chamas destrói
Sou o pólen que renova a vida
e a espada que a arrebata o perdão
A dor que nos prende à matéria
o prazer que nos liberta à ilusão
Sou um outro para um eu mesmo poder ser
Existo em cada canto que nunca vi
No mundo que combato, morro
pelo mundo onde nasci