SOBRE PÉROLAS E OSTRAS

Aqui no recôndito do meu canto

Escutei os teus soluços e o teu pranto

E venho para lhe dizer sem medo meu encanto

Que para tudo é dado o seu momento

Repensar os seus instantes

É saber pra onde ir e enxergar adiante

E como é vibrante e comovente

Descrever o que se sente

E me perdoe à cruel sinceridade

Mas não vejo aí nem adversidade

Quando se ama assim de verdade

Ostra e pérola é uma só concretude

Da união dos diversos fragmentos

Com suas características e simplicidades

Para ser assim tão bela... A pérola...

Precisou da ostra arranhada

Da mesma forma que a semente

Precisa morrer para a planta nascer

A ostra precisa sangrar para a pérola viver

Um há sempre que ceder para o amor crescer

Como a poesia precisa do poeta

Com seus rabiscos e suas teses

Sonhe que é de fato a síntese

Da junção dialógica de uma prece

A tese com a antítese

É apenas uma breve elucubração

Porque o que há na sua emoção

É a delicadeza refinada da reflexão

Hildebrando Menezes

Nota: Inspirado no poema original “COMO OSTRAS E PÉROLAS”

De Malu Monte publicada no Mural dos Escritores

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 27/10/2009
Código do texto: T1890976