A menina caminha na rua
Numa vida nua e cega
Recolhendo restos
De sentimentos
Que a esperança
Apronta e lhe renega.
 
Não compreende
Seu destino
Pintado
Em preto e branco,
Num desatino gélido
E sem nenhum encanto.
 
Mas segue,
Na corja de miseráveis
E insanos parias
De qualquer submundo.
Sem sorte e sem norte...
 
Quando consigo encontrá-la.
No meu mundo imaginado
Eu também me perco,
Já na eminência de
Estender-lhe a mão...
 
A menina ainda vive
Ou sobrevive, no amor.
Perdida e inserida
Nas avenidas do meu coração