A ETERNIDADE

A energia invisível

Tão poderosa,

Tão presente,

Visível a alguns sensitivos

Sentida por outros

Imaterial aos materialistas

Concreta às crianças

Possível aos sábios

Impossível aos descrentes

Inadmissível aos incrédulos

Provada aos cientistas

E tão velha aos magos.

A energia da alma

Que emana de todas

As criaturas,

Que reflete o caráter

Do ser humano,

Já foi tema

Nas religiões primitivas,

Já foi tema de religiões pagãs,

Já foi tema das religiões

Monogâmicas,

E cada uma delas

As descreve ao seu modo,

Algumas lhes oferecem

Tributos,

Lhe oferecem sacrifícios

De outros seres

De outras espécies

Materialmente visíveis.

Esquecem-se

Que a alma é uma,

A alma é indivisível,

Mas irmanada com outras,

Com outros pares

Com energias semelhantes

Que evoluem na medida

Que se pode perceber

Ser Um no todo

E o todo é Um,

E que tudo parte do

Início

E vai ao mesmo sentido,

Mesmo que linhas

Antagônicas se choquem,

Que fiquem em desacordo,

Só haverá harmonia

E Paz

Quando houver o caminhar

Paralelo e o cruzamento

No fim do Caminho,

Ao início de tudo

Ao Criador do Universo.

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Poesia publicada na Antologia ACADEMIA JUNDIAIENSE DE LTERAS, Vol. IX, Ed. Literarte, Jundiaí, 2003, p. 175 a17