ANTÍDOTO

Tem jeito sim

os loucos sentimentos

que em tantas coisas buscas

Procuras o meu corpo

em outro corpo

e o que surge é torto

Ultrajas-te em noites

de insônias, mal dormidas

corrompendo auroras

De busca em busca vã,

divagas e te envolves

em loucuras e demências

Tu dizes não ter jeito,

que é hábito antigo

Eu digo que tem cura

Desobedeço regras

em um orgasmo nítido

e provo do mortal veneno

absorvendo o antídoto

© Fernando Tanajura

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