Duas metades...
Quando a gente nasce
Nem pensa que aparece
Porque logo se esquece
Que um dia vai crescer
Quando a gente cresce
A atenção desaparece
E o medo logo enaltece
E tudo mais só desce
E se não se mexe
Fica apenas na prece
Você só padece
Então procura o que fazer
Para de novo ver reaparecer
Quando a gente é bebê
A comidinha vem à boca,
Mas, depois que o tempo passa
Nada vem assim de graça
E nem adianta fazer pirraça
Ou beber cachaça na praça
Porque vem a ‘poliça’ e te traça
Quando a gente se dá conta
O amor aponta sem explicação
É melhor juntar os trapos
Senão o coração fica em farrapos
E o nosso primeiro beijo
Logo vira enredo ou desejo
De uma nova canção
A cativar a multidão
Quando a gente quer amar,
Não escolhe o lugar...
Qualquer canto serve pro amasso
É só pegar bem pelo laço
Tudo é felicidade...
Só anda pensando nela
A pé, de carro ou pela cidade
Ela passeia inteira na mente
E nada é pela metade...
Hildebrando Menezes