Eternos atalaias
Quando o mundo acabar e vagarmos feito gás,
o escuro nã'ofuscará o espaço e etéreo de Paz,
recordações suaves d’amor são atalaias eternos
tateando a alma descarnada nos lagos serenos!
Sentimentos, antena que aroma nos Bálsamos,
ímã que põe chuva na terra pendurada no céu,
é semente plantada na alma que todos somos,
jubilando aos sons que a lira jamais perdeu!
Mãos sublimes que adormecem a exausta tarde
despertam nos músculos as rosas encalecidas,
que mudamente lavraram e semearam verdade,
são diáfanas as mãos sacras nas almas pousadas
encantando os desencantos que fases sofreram
e entre os risos soluçados,castas manifestaram
amor recatado, sangrando a lança que arrebata,
à escuridão Luz se faz e a Rosa perene levanta!
Santos-SP-27/06/2006