DE ONDE VIM, PARA ONDE VOU...

Ao me permitires ser eu mesma, foste coerente

E eu vim nua e despojada de mim, a teu pedido

Foi para saber-te e conhecer- te intensamente

E afastada de ti, a saudade será o meu castigo

Às vezes penso se ainda te lembrarás de mim

E não demoro a sentir a tua amada presença

Igual criança quero aninhar-me em teu regaço

E sinto aquela saudade cósmica do teu abraço

Muito feliz volto a ser a tua menina de tranças

A minha confiança está posta em ti totalmente

Disseste que jamais me deixarias abandonada

Abolindo os medos que havia em minha mente

O teu desvelo afaga o meu cabelo e minha face

E descortino meu sorriso e acalmo os dias meus

Aniquilo o vazio corrosivo neste lento desenlace

Pois inferno será a tua falta: a ausência de Deus

Mas um dia, eu sei que voltarei a te reencontrar

Então, vou querer deixar-me abraçar com alegria

Pois nem a eternidade vai poder um dia extinguir

A certeza eterna de me saber amada e de te amar