Pisando fundo...

Bem no início

De um vício ou precipício

Do teu mundo escondido

Oriundo lá bem do fundo

Em dó ou ré sustenido

A procura do segredo

Com esmero e zelo

Na busca sem medo

Ou até segura arremedo

Sabe que é só o amor

Que muda o enredo

Por ele e nele se rompe

A mais dolorida dor

Aposta nas penas

De que vai valer

Vencer a rotina

Que só desatina

Hipocrisia que descortina

Do viver da mesmice

Sofrer na opção da tolice

A chegar a conclusão

Que quem manda é o coração

Aproveita e se dê o perdão

Quando se ama... AMA!

Não reclama.

Ninguém pode...

Só se sacode

Implode e explode

Sempre a reboque

Do toque...

No suave arrepio

Do amável e escandaloso frenético cio

No casamento químico da pele

Que forma as espécies

Por ela e nelas se esfria e aquece

Aparece... Desaparece

E eis que surge leve... Lá do fundo...

Frágil e exultante, elegante, exuberante

A doçura delicada da vida no mundo.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 22/09/2009
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