Fiapos de Luz.
Fiapos de luz...
Desenhava o céu
alvo linho reluzente...
Cerúleo traço bordado,
escrevinhava esperanças,
como se de sonhos, viver pudesse.
Nem sempre acontece...
De certezas desejadas,
delicadezas, mesmo que amarrotadas,
brisa e sol, passeantes,
calor e amor
tocantes,
no abraço aconchegado.
Recortava limites prendedores,
Voava! Dançava! Se encantava!
Fiapos de luz, acolhiam,
intuídos de magia...
mesmo num só instante.
Edificante nem sempre.
Pingos dágua anunciantes,
em pedrinhas de brilhantes,
escapuliam,
do medo pra poesia...
Dentro e fora,
que me importa,
a dor ou a alegria...
Chove novo dia!
Nova era prenuncia!
Eu sou ela,
Faz-se ela, bela,
que seja doce, a fera,
a imprevista,
Primavera!
Gaiô.