(imagem Google)
O Limpador De Relógios E O Tempo
Há cerca de pouco mais de vinte anos cronologicamente contados aquele homem lustra o relógio da praça central, em exatas horas marcadas, sem atraso corriqueiro, metodicamente, assim é o labor repassado por gerações, bisavô, avô, pai, o tempo insistentemente não vacilou e agora por sucessão ele limpa o relógio da praça central;
Impassivamente o tempo corrói, o limpador de relógios torna dia a dia lustrada a perplexa noção desta fatídica constatação, o relógio, máquina mensageira de nossa corrosão diuturna há de sempre mostrar com exatidão o tempo restante de nossa putrefação inquestionável, o tempo não espera, não pede passagem, o tempo junta os trapos de nossas experiências cotidianas e os vulnera ao pretexto inabalável do que já passou;
E o limpador de relógios continua todos os dias a tornar impecável a vitrine das horas, segundos por segundos são subtraídos de nossa precária existência na espreita de findar nosso incansável tormento, o da espera que o tempo sempre responda às nossas divagações e anseios de uma vida melhor vivida;
É hora da limpeza rotineira, o limpador não acompanhou o incansável ponteiro da máquina incansável e veloz, o relógio há de ser lustrado, porém, o limpador não acompanhou o compassar dos ponteiros fulminantes que atacaram de forma violenta o descompasso de seu coração;
A máquina mesmo suja continuou inerte a qualquer conspiração, tique taques precisos, sem saudades ou emoção, incansável máquina sem qualquer divagação, o filho do limpador não continuou a sucessão, vencer o tempo é só uma ilusão, a maquina irá provar que corrói sem lustração.
O Limpador De Relógios E O Tempo
Há cerca de pouco mais de vinte anos cronologicamente contados aquele homem lustra o relógio da praça central, em exatas horas marcadas, sem atraso corriqueiro, metodicamente, assim é o labor repassado por gerações, bisavô, avô, pai, o tempo insistentemente não vacilou e agora por sucessão ele limpa o relógio da praça central;
Impassivamente o tempo corrói, o limpador de relógios torna dia a dia lustrada a perplexa noção desta fatídica constatação, o relógio, máquina mensageira de nossa corrosão diuturna há de sempre mostrar com exatidão o tempo restante de nossa putrefação inquestionável, o tempo não espera, não pede passagem, o tempo junta os trapos de nossas experiências cotidianas e os vulnera ao pretexto inabalável do que já passou;
E o limpador de relógios continua todos os dias a tornar impecável a vitrine das horas, segundos por segundos são subtraídos de nossa precária existência na espreita de findar nosso incansável tormento, o da espera que o tempo sempre responda às nossas divagações e anseios de uma vida melhor vivida;
É hora da limpeza rotineira, o limpador não acompanhou o incansável ponteiro da máquina incansável e veloz, o relógio há de ser lustrado, porém, o limpador não acompanhou o compassar dos ponteiros fulminantes que atacaram de forma violenta o descompasso de seu coração;
A máquina mesmo suja continuou inerte a qualquer conspiração, tique taques precisos, sem saudades ou emoção, incansável máquina sem qualquer divagação, o filho do limpador não continuou a sucessão, vencer o tempo é só uma ilusão, a maquina irá provar que corrói sem lustração.