Decaidos
Anjos da noite perturbam a vizinha
Que fica imóvel, assustada e pobre
Anjos decaídos forjam o homicídio
O morto medroso agora tem que ver os negros
Noite sombria que abriga os feridos
Meninos, meninas, podres e virgens
Que anjo? São demônios!
Não são seres mal compreendido
Sem motivo caído
Com explicação suficiente condenados
Caídos e iludidos
São os anjos decaídos
Mórbidos andam rodeando a vizinha
Que implica em enfrentar e diz que vai chamar a policia
Que pobre senhora não entende as coisas deste lado
Fica muda e pálida
Gélida e apática
Eu também já fui numa destas festas
Atormentar, atrapalhar
Constranger e se vingar
Hoje só tiro meu descanso
Eterno e manso