Dores da Alma
Não conseguindo entender
o amor do Criador,
mas ainda assim
querendo ser criatura.
Não se sentido
capaz de ser filho,
se faz servo
pelo esforço da dedicação.
O retorno ao estado
de servidão e lealdade,
criando muralhas
para a filiação definitiva.
Em desespero, grita
ao silêncio que quer ajuda,
mas não consegue
vencer a própria solidão.
Recebe a oferta
de consolação pela imaginação,
mas pressente
o engano das ilusões.
Quer evitar o caminho
que o leva a aprofundar-se
para a intimidade,
abandonando o mundo.
Busca alimentar a razão,
mas vê risco em que seu excesso
venha a ferir-lhe
a fé e a intuição.
Não consegue libertar-se
do destino de lutas.
O velho soldado
quer deixar-se vencer.
Falta-lhe o prazer de combater.
O que antes estimulava,
agora parece irritá-lo intensamente.
O confronto humano
perde cada vez mais o seu sentido,
torna-se bruto e estúpido.
O velho guerreiro quer ser pacífico,
mas não deseja ser tolo.
Se necessário,
ainda uma vez guerrear,
mas não pela luta,
mas pela busca do bem.
Deseja ser bom
não para alimentar
vaidade ou orgulho,
mas por necessidade da alma.
Quer a Deus, não por Seu poder,
mas por querer Seu afeto
de Criador para a criatura.
Cheio de inquietação,
olha com desânimo
a própria espada de servo,
mas teme o cajado de filho
que lhe é oferecido.
Reconhece-se pequeno
e pede aos Céus
grandeza por empréstimo,
para poder viver.
Não conseguindo entender
o amor do Criador,
mas ainda assim
querendo ser criatura.
Não se sentido
capaz de ser filho,
se faz servo
pelo esforço da dedicação.
O retorno ao estado
de servidão e lealdade,
criando muralhas
para a filiação definitiva.
Em desespero, grita
ao silêncio que quer ajuda,
mas não consegue
vencer a própria solidão.
Recebe a oferta
de consolação pela imaginação,
mas pressente
o engano das ilusões.
Quer evitar o caminho
que o leva a aprofundar-se
para a intimidade,
abandonando o mundo.
Busca alimentar a razão,
mas vê risco em que seu excesso
venha a ferir-lhe
a fé e a intuição.
Não consegue libertar-se
do destino de lutas.
O velho soldado
quer deixar-se vencer.
Falta-lhe o prazer de combater.
O que antes estimulava,
agora parece irritá-lo intensamente.
O confronto humano
perde cada vez mais o seu sentido,
torna-se bruto e estúpido.
O velho guerreiro quer ser pacífico,
mas não deseja ser tolo.
Se necessário,
ainda uma vez guerrear,
mas não pela luta,
mas pela busca do bem.
Deseja ser bom
não para alimentar
vaidade ou orgulho,
mas por necessidade da alma.
Quer a Deus, não por Seu poder,
mas por querer Seu afeto
de Criador para a criatura.
Cheio de inquietação,
olha com desânimo
a própria espada de servo,
mas teme o cajado de filho
que lhe é oferecido.
Reconhece-se pequeno
e pede aos Céus
grandeza por empréstimo,
para poder viver.