ESSE PASSO



Não sei onde fui buscar
esse cheiro de ausências,
talvez nas geleiras dos meus ossos,
no escárnio de minhas palavras,
no alimento da última ave
antes do por do sol.

Não lembro mais
das pedras do caminho.
Apenas uns olhos ternos
irrompendo na escuridão

O vai-e-e vem das neblinas
acossando as folhas nos vales
e o que vale é esse verde e seu rosto,
esse corpo solar sobre os abismos
e a alma indo e vindo....

no tênue fio da noite
tecendo sua memória
e farfalhando palavras
à  eternidade.


(Direitos autorais reservados. Imagem pesquisada no Google)



Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 02/09/2009
Reeditado em 28/04/2010
Código do texto: T1788276
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