As Almas Guerreiras
Recriar um cavaleiro
intrépido, armado
de mítica espada,
cheio de fúria divina,
cheio de amor ferido.
Surgindo como punição dos Céus
sobre os velhacos da Terra,
chamando pelo nome
os que usaram o santo nome em vão.
Pedindo as contas dos
que fizeram-se procuradores
e tomaram a vinha do dono para si.
Querendo passar
a lâmina a língua dos hipócritas,
querendo marcar
a fogo a testa dos usurpadores.
A face amarga da justiça,
a punição bendita.
Quando o amor
foi desprezado e feito maldito,
quando a paciência da eternidade
foi confundida com fraqueza.
E então, cair-se em realidade:
os cavaleiros estão mortos,
já não existem.
Os guerreiros
foram convertidos em monges.
Tentam o uso da palavra
em lugar da espada.
Já não esmagam,
mas são esmagados,
morrem em silêncio.
O claustro agora
é a interioridade inquieta
e sem esperanças.
Mas como se lembrando
velhos instintos, aguardam,
quem sabe, a última batalha,
a libertação da vida,
pois que por não
encontrarem nela o velho prazer,
almejam a virtude da morte.
Não desejam o céu ou o inferno,
mas apenas a lápide esquecida,
a paz dos esquecidos.
E rindo-se por não terem paz,
senão pela guerra.
Carregando sobre os ombros
o destino dos que
com ferro ferem, serão feridos.
E eis, então, a ferida e sua dor.
A ardência que se faz dormência,
o choro que se faz riso irônico,
pois que nem mesmo o destino
consegue vencer os velhos ímpetos.
O estúpido orgulho
é que carrega esses mendigos,
pois que amam
no transbordar do seu ódio.
E, disciplinados, calam-se derrotados,
esperando a oportunidade
da última batalha.
Recriar um cavaleiro
intrépido, armado
de mítica espada,
cheio de fúria divina,
cheio de amor ferido.
Surgindo como punição dos Céus
sobre os velhacos da Terra,
chamando pelo nome
os que usaram o santo nome em vão.
Pedindo as contas dos
que fizeram-se procuradores
e tomaram a vinha do dono para si.
Querendo passar
a lâmina a língua dos hipócritas,
querendo marcar
a fogo a testa dos usurpadores.
A face amarga da justiça,
a punição bendita.
Quando o amor
foi desprezado e feito maldito,
quando a paciência da eternidade
foi confundida com fraqueza.
E então, cair-se em realidade:
os cavaleiros estão mortos,
já não existem.
Os guerreiros
foram convertidos em monges.
Tentam o uso da palavra
em lugar da espada.
Já não esmagam,
mas são esmagados,
morrem em silêncio.
O claustro agora
é a interioridade inquieta
e sem esperanças.
Mas como se lembrando
velhos instintos, aguardam,
quem sabe, a última batalha,
a libertação da vida,
pois que por não
encontrarem nela o velho prazer,
almejam a virtude da morte.
Não desejam o céu ou o inferno,
mas apenas a lápide esquecida,
a paz dos esquecidos.
E rindo-se por não terem paz,
senão pela guerra.
Carregando sobre os ombros
o destino dos que
com ferro ferem, serão feridos.
E eis, então, a ferida e sua dor.
A ardência que se faz dormência,
o choro que se faz riso irônico,
pois que nem mesmo o destino
consegue vencer os velhos ímpetos.
O estúpido orgulho
é que carrega esses mendigos,
pois que amam
no transbordar do seu ódio.
E, disciplinados, calam-se derrotados,
esperando a oportunidade
da última batalha.