Lume

Como posso eu? Transcender ao imaginário.

Prezo neste mundo.

Como posso escrever? Se não pairo na folha da contemplação

Enquanto um ilusionista tenta diminuir minha percepção

Visualizando a vida

Recorrendo a doutrina já perdida

No escurecer, ao tom suspenso no ar.

Uma doce gota escorre sobre a boca

De um prisma

Revelando a grande dádiva

Que nos foi concedida

E que a gente se priva

Ao menor valor

Que sacramenta e suprime a dor

Ao simbólico gesto de amar

Me esguio do que pode se exaltar

Sem expor ao contexto alheio

Que julga o próximo e esquece de se julgar

Recluso em pensamentos e sonhos distantes

Mergulhado nas profundezas do horizonte

Sobre a consciência plana

Da paz que traz o amor incondicional

Ao ser espiritual