Águia Rapina, Menina do Amanhã
Águia Rapina, Menina do Amanhã
Afia teu bico e tuas garras, solta tuas amarras, águia solitária...
Voa leve e solta rumo ao Infinito.
Voa mesmo ferida, voa graciosa e destemida!
Um vôo como se fosse em meio ao último grito.
Leva esperança à beira da morte.
Suplanta a sorte e verás um novo amanhecer.
Voa solitária e embrionária em busca da felicidade,
Que na verdade, nunca vai haver.
Voa agora silenciosa e cautelosa,
Na rota descabida do seu próprio Ser.
Protegida estará, sem vínculo algum
Com a Terra ou o Mar, protegida sem saber, indo
Pra lugar nenhum.
Faça-me apenas um favor,
Voa verdadeiramente em nome do Amor.
Verás o fim do alto, pássaro incauto!!!
E mesmo no palco da destruição,
Não sentirás mais solidão.
Continua em seu vôo apocalíptico,
Em contorno nítido de iluminação.
Não temas, nunca mais o raiar de um novo dia.
Águia bucólica e solitária, verás o pulsar bem acima :
Na rima do luar, serás essência da doce demência estelar.
E assim... terás, Águia de Rapina, momentos de mulher, de menina e de heroína...
E sentirás cada vez mais...
Simplesmente vontade de voar...
Voar e viver, nascer, renascer e voar e voar!!!