Águia Rapina, Menina do Amanhã

Águia Rapina, Menina do Amanhã

Afia teu bico e tuas garras, solta tuas amarras, águia solitária...

Voa leve e solta rumo ao Infinito.

Voa mesmo ferida, voa graciosa e destemida!

Um vôo como se fosse em meio ao último grito.

Leva esperança à beira da morte.

Suplanta a sorte e verás um novo amanhecer.

Voa solitária e embrionária em busca da felicidade,

Que na verdade, nunca vai haver.

Voa agora silenciosa e cautelosa,

Na rota descabida do seu próprio Ser.

Protegida estará, sem vínculo algum

Com a Terra ou o Mar, protegida sem saber, indo

Pra lugar nenhum.

Faça-me apenas um favor,

Voa verdadeiramente em nome do Amor.

Verás o fim do alto, pássaro incauto!!!

E mesmo no palco da destruição,

Não sentirás mais solidão.

Continua em seu vôo apocalíptico,

Em contorno nítido de iluminação.

Não temas, nunca mais o raiar de um novo dia.

Águia bucólica e solitária, verás o pulsar bem acima :

Na rima do luar, serás essência da doce demência estelar.

E assim... terás, Águia de Rapina, momentos de mulher, de menina e de heroína...

E sentirás cada vez mais...

Simplesmente vontade de voar...

Voar e viver, nascer, renascer e voar e voar!!!

andyfrança
Enviado por andyfrança em 04/08/2009
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