Leitura do Mundo.

Passeio informal.

Imagem revela a matéria,

no imaterial...

Alada ou estática, viaja e compõe todo o ser.

Um cérebro, um sentimento, moram na alma,

nos olhos, na mente que sente.

Ultrapassa, transcende, desnuda

em véus a essência. Coerência?

Homem ou mulher,

transita espaços de corpos que falam,

se buscam aflitos,

ora empilhados sem muito sentido, contidos.

Carência imbutida, em livros jogados,

apartados do elo, uno perdido.

Calado, projeta alicerce em morada que acolha o berço

do amor que lhes falta....

Leia! Leia o mundo na forma! na Arte!

Sensações paradoxais que o inconsciente vela,

caos e organização falam de cotidianos,

revelam a síntese, a conexão.

Forma escultórica, pintura,

mistura instigante em chamas

ardentes ou mortas que queimam, consomem

O que? Como? Por que?.

Em aparição sutil o homem se soma

perdido na sombra em disfarce.

Perscruta o estranho, que o óbvio esconde,

aberta à consciência ampliada.

Me aposso de livros que brotam esperança,

espaço em perigrinação,

gesta gestual, transcende no ser material,

a linguagem expressão.

Grita a Arte, transgride, permite a leitura do mundo

em saídas que tragam do fundo profundo

a salvação...

Gaiô.