O vértice do mar
N´um lugar está decretado
Ou pelo menos deveria estar
Que não se deve invadir
O terreno já um dia sagrado
Das muitas águas salgadas
Com o propósito estéril
De debelar o vértice do mar
Prudente não se confundir
Ou a incursão vira desagrado
Controlem-se as braçadas !
Da estação feroz e viril
Nada (nunca) o vai deformar
Ele, oceano, abdicou do legado
Desfez as linhas retas
E tal cúmplice a se evadir
Fez da água em camadas
Leito d´uma cópula infértil
Onde todas as vozes a delirar
Perecem infelizes e eretas