A Inspiração
Como nasce a inspiração?
É um sentir diferente,
Onde os sentidos dilantam-se,
e seja sentimentos, seja pensamentos,
as emoções parecem fazer a ponte
entre o mundo real e a interioridade.
O sentir e pensar ficam acima da percepção,
é um além dos nossos próprios sentidos.
O cérebro parece recriar o mundo para si,
enquanto o coração molda emoções.
E o aparelho cardíaco já não pulsa sangue,
mas impreme uma linguagem
que acaba por produzir letras.
Parece se tornar órgão
a viver em dois mundos,
de um lado o universo do corpo,
de outro um fluir etéreo da alma.
Os olhos já não veem pela ótica,
a visão se expande, reconhece,
aquilo nem sabia existir,
são imagens que invadem o pensar,
que ganham corpos no sentir.
E os sentidos interagem,
mesclam-se e os ouvidos,
já não ouvem simplesmente,
mas passam a ser pura audição,
escutam a suave e harmoniosa música
que habitava antes secreta o silêncio.
Ouve vozes que não perturbam,
que não falam pela boca,
mas que tem as mais belas palavras.
E então a voz não sai,
toma-se de assalto a mudez,
e as palavras fogem
da boca para as mãos
como que cansadas de abstração,
quisessem invocar seu corpo de grafia.
E então se configaram em símbolos,
e o inominável ganha expressão
Tudo que é enigma se faz claro,
se desvenda como por encanto.
E já não se é mais apenas um,
mas muitos que estão dentro de nós.
E então ao mesmo tempo
que o mundo fica mais intenso,
dele se desliga, se vai ao longe,
e as distâncias se perdem,
já não têm sentido, tudo fica próximo,
tudo desafia o tempo,
e quantificação desaparece.
E todas as horas ficam perdidas,
onde antes havia apenas nada,
se faz semente
que brota em flor de criação,
flor de um jardim
que tem perfume de liberdade,
cheiro de filosofia, que se sublima,
na pureza da poesia.
Como nasce a inspiração?
É um sentir diferente,
Onde os sentidos dilantam-se,
e seja sentimentos, seja pensamentos,
as emoções parecem fazer a ponte
entre o mundo real e a interioridade.
O sentir e pensar ficam acima da percepção,
é um além dos nossos próprios sentidos.
O cérebro parece recriar o mundo para si,
enquanto o coração molda emoções.
E o aparelho cardíaco já não pulsa sangue,
mas impreme uma linguagem
que acaba por produzir letras.
Parece se tornar órgão
a viver em dois mundos,
de um lado o universo do corpo,
de outro um fluir etéreo da alma.
Os olhos já não veem pela ótica,
a visão se expande, reconhece,
aquilo nem sabia existir,
são imagens que invadem o pensar,
que ganham corpos no sentir.
E os sentidos interagem,
mesclam-se e os ouvidos,
já não ouvem simplesmente,
mas passam a ser pura audição,
escutam a suave e harmoniosa música
que habitava antes secreta o silêncio.
Ouve vozes que não perturbam,
que não falam pela boca,
mas que tem as mais belas palavras.
E então a voz não sai,
toma-se de assalto a mudez,
e as palavras fogem
da boca para as mãos
como que cansadas de abstração,
quisessem invocar seu corpo de grafia.
E então se configaram em símbolos,
e o inominável ganha expressão
Tudo que é enigma se faz claro,
se desvenda como por encanto.
E já não se é mais apenas um,
mas muitos que estão dentro de nós.
E então ao mesmo tempo
que o mundo fica mais intenso,
dele se desliga, se vai ao longe,
e as distâncias se perdem,
já não têm sentido, tudo fica próximo,
tudo desafia o tempo,
e quantificação desaparece.
E todas as horas ficam perdidas,
onde antes havia apenas nada,
se faz semente
que brota em flor de criação,
flor de um jardim
que tem perfume de liberdade,
cheiro de filosofia, que se sublima,
na pureza da poesia.