O Perdoar 
 
Somos o presente,
fomos o passado,
seremos o futuro.
Construímos no ontem o hoje.
Haveremos de construir
no hoje o amanhã.
Traçaremos nossos destinos
por nossos méritos.
Talvez a lei seja uma só,
são nossas atitudes que nos julgam.
A misericórdia existe no corrigir o engano.
O perdão não é ato inútil,
é possibilidade para o agressor
retratar-se e não ficar impune.
Na evolução das almas,
fomos vítimas e algozes 
uns dos outros, portanto,
não cabe a ninguém
atirar a primeira pedra,
todos somos tão culpados,
quanto libertos em relatividade.
Porém, é sensato que
a culpa não gere imobilidade,
mas retribuição produtiva e benéfica.
O bem estará sempre em nós,
pois o Criador é um só,
e assim sendo, o mal
só pode ser passageiro
no tempo da eternidade,
onde todos os tempos se congregam.
O mal será sempre limitado,
pois será sempre confronto. 
E será vingança
até libertar-se pelo perdão.
O sonho de liberdade
está em cada um,
a evolução é coletiva no total,
mas é individual a cada alma.
Guardamos em nós um pouco
da água pura que ficou em nós
da nascente bendita da Criação.
É saudade, é por vezes melancolia
dos filhos que dia haverá
em que serão todos pródigos.
Realizando, no concluir
da longa jornada, o regresso
pelas trilhas da verdadeira justiça,
para a casa do amoroso Pai..
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 28/06/2009
Reeditado em 28/06/2009
Código do texto: T1671687
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