E o mergulho cointinua...
Naquele mergulho louco
Poético
Mistério
Medo
Que caio em mim mesmo
tão silencioso que o silencio
se é aquela queda
e minha mente
Não me olho com meus olhos
sou um espectador
esperando o final da peça
para aplaudir o triste desfecho
que fui caminhar e que agora
caio...
No começo era tenebroso
Negro
Monstruoso
Maléfico
Mas vi com sou tudo isso
e algo mais
pois sou ambos
Bem e Mal
Luz e Trevas
Marcel e Jean
Num paradigma tão complexo
quanto as estranhas ciências
humanas...
Aquele coração de prata
que reluz aquilo que sou
e reflete quilo
que deixei de ser
mas ainda carrego
me espera no fim
da queda
A queda de um anjo
A ascensão de mim mesmo
Minha vida,
ou pelo menos,
memórias de algumas
que já vivi
me voltam brilhando
Ululantes
Forasteiras
Reluzentes
Em cores que desconheço
como se fossem
coloridas
com espelhos refratários
Místicos
Míticos
Mosaicos
Que me olham
como se fossem
eu mesmo
encarando a maior
esfinge da humanidade:
o próprio humano