FRESTAS DA ETERNIDADE

O HOMEM ILUDE-SE
COM A MATERIALIDADE
DO COTIDIANO.
PENSA SER PRECIOSIDADE,
O QUE É PRIMITIVO PENDURICALHO,
IMAGINA SER CIVILIZAÇÃO,
O QUE NO FUTURO
SERÁ APENAS ENTULHO,
DIZ-SE HUMILDE,
MAS TEM PRETENCIOSA
CERTEZA  DE SUA DEIDADE.
SUPÕE ESTAR NA COMPLEXIDADE,
AS RESPOSTAS PARA AS DÚVIDAS.
E NISTO TALVEZ
RESIDA LEDO ENGANO,
TALVEZ SEJA O SIMPLES
QUE OCULTE  OS SEGREDOS.
DIVAGA A  MENTE
POR LUGARES DISTANTES
VÊ A IMAGEM DO MAR,
VÊ O VASTO OCEANO
A FUGIR DO LIMIAR DA VISÃO,
LÁ AO LONGE OUTRAS TERRAS
QUE ESCAPAM AOS OLHOS,
OLHOS DO CORPO,
HOUVESSEM OLHOS DA ALMA,
ELES VERIAM AINDA ALÉM.
CONCLUSÕES E DIVAGAÇÕES.
O TEMPO. A DISTÂNCIA .
O ESTADO DE MATÉRIA.
EXISTE ALGO DELIMITADO,
EXISTE ALGO ILIMITADO.
TALVEZ A SONHADA LIBERDADE,
SEJA EQUILIBRO  HARMÔNICO,
MAS O QUE TEMOS AGORA,
SÃO ANTAGONISMOS,
ANTÍTESES E DIALÉTICAS.
O ALGO FUTURO,
O COMBUSTÍVEL DA ESPERANÇA,
A BUSCA DA GENESE NO PASSADO,
NOVAS DÚVIDAS,
OUTRAS TANTAS PERGUNTAS
COMO RESPOSTAS,
NÃO SE SABE BEM O FIM
E NEM MESMO O EXATO COMEÇO.
NECESSÁRIO ACEITAR
A PARCIALIDADE DAS RESPOSTAS,
ALIMENTANDO EM SI
A BUSCA DA VERDADE,
PARA QUE MESMO QUE FINITOS,
POSSAMOS DE ALGUMA FORMA
VER POR FRESTAS A ETERNIDADE.
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 23/06/2009
Reeditado em 14/03/2015
Código do texto: T1664207
Classificação de conteúdo: seguro
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