A Dama de Negro...
A dama de negro vem, com seu rosto encoberto...
Carrega uma rosa negra em sua mão fina e alva...
Envolta em véus, não deixa nada a descoberto
A não ser suas belas mãos, faço a ressalva...
Seus passos leves, suaves, parecem não ter pés...
Ela flutua ondulante... Sem ruído e sem canções...
Não tenho medo de seu vulto! Nem do seu revés,
Pois o amor em mim dá-me corajosas sensações...
- Vens me buscar? Não é o momento agora!...
Retorna sobre teus passos!... Vai embora!
Ordeno- te!... Tenho muito ainda a fazer!...
Pareço ver... Um sorriso atrás dos véus!...
Dá-me as costas e vai, subindo aos céus...
Mas a rosa negra fica!... Voltará a me ver!...