Vigilante da vida, de mim...

Vigilante da vida, de mim.

Meio estranho, meio ingênuo,

sempre sondando enfim,

descobria que sabia

tudo o que mais valia

pra vida valer assim.

E guardava em relicário cada pedaço de mim.

Um jeito bom que saia, de olhar a alma das coisas,

cada mistério, o que fosse,

no armário dos sonhos envolvia.

E avançava...

Por umbrais, além do passo,

na solidão do dia,

dos eus que ousavam, recolhiam

cada graça que caia na alegria de viver,

no mais simples crer,

conquistando embevecido

o vivido, o esquecido

louvado e agradecido

de cada amanhecer...

Gaiô.