OLHOS ETERNOS
Esperei poesia pousar nesse papel
Dancei o minueto, a valsa e a polca
Mas as palavras eram tão poucas
Que preferi silenciar a língua mental
E ouvir o que me diziam teus olhos,
Teus olhos dançantes à luz do oriente,
Ora, eles eram estrelas iluminando
Os meus dizeres e sentires. Como um ente
Um sorriso visita o centro da alma
E repouso num rio de eterna calmaria
Águas límpidas refletem a minha imagem
E envolvem meu ser numa luz violácea
Que eterniza de ternura a partitura
Em que desenho as notas do amor
Que naturalmente palpitam em teus olhos
Puros e límpidos como os de uma criança
Que se encanta com o movimento
Que percebe o novo a cada instante
E que nasce a cada passo do bailado.
17/06/09 11:15