A FLOR DA CARNE
A Carne ferida pela luz fria do cristal
Vaporiza no apetite do prazer juvenil
O tronco arqueia no gozo da penetração vertical
O colo exibe a rigidez plástica do seio febril.
É fêmea indomável;
Quando cavalgas em teu galopar zodiacal.
É insaciável;
Quando devoras a lança com despojo animal.
A taça transborda na química do balanço de rede
Boca na boca, língua na língua, desejo no desejo
A tempestade não é capaz de aplacar a sede.
Quando o dia adormece em crepúsculo sem fim,
Mãos bailarinas tricotam o novelo desnudo:
(Tecem retalhos de mim).