AMOR PARA SEMPRE
Meus olhos ávidos e entreabertos
Buscam pelos seus aí encobertos
Perdidos nos labirintos da multidão
São mistérios simples e complexos
Entre o côncavo e o convexo
Que se perpetuam no vazio...
Como um veleiro ou navio
Navegando em tempestades
Minha alma imortal
Na procura da sua igual
Se torna terrena...
A entoar pelo ar cantilenas
Ao palmilhar por ásperos terrenos
Meus pés se confundem nos passos
Nos caminhos que outros traçaram...
Em símbolos e sinais que cravaram
As estrelas se apagaram
Nessa imensidão galáctica
No meu céu... Brumas estáticas
Meu coração está frio
Por dentro todo meu eu pede pelo seu
Não mais se aquece no sol do amor...
Quer por que quer sentir teu calor
Meu corpo, meus olhos, meus lábios
São fragmentos para serem ligados
Enigmas, perdas, sonhos, achados
Tudo se encontra em ti interligado
Quem sabe um dia ficará abrigado?!
Meus pesadelos, minha solidão
Inquietam a fome das sensações
Quiçá se tornem depois nuvens
E se transformem chuvas de purpurina
Transbordando a ternura e a carícia
A me beijar e abraçar sem malícia
E desfaçam-se das dores como fumaça...
Ao vento e ao relento, trazendo a Graça
Para sempre... Eu e você... Eternamente!
Dueto: Roberta Teperino e Hildebrando Menezes