DEPOIS DA MORTE

Que choraria por mim

Quando o sorriso

Que brota de minhas faces

Não mais brilhar?

Quando os toques macios

De minhas mãos

Nãos mais existirem?

Quando a voz nítida

Que sai de meus lábios

Não mais ser ouvida?

Quando meu corpo estiver

Rígido e frio

Envolto em carvalho?

Quando, no futuro infinitivo,

Uma coisa qualquer

Trazer à lembrança

O disposto Maurício?

Que choraria por mim?

Você?

Ele?

Todos?

Ou ninguém?

(Sam7)