MAIS PERTO

Anjos fazem prece,
Poéticas montanhas,
Circundam a cidade,
A alma se assanha,
Acha que merece,
Liberta-se do costume,
Voa... de felicidade,
Pousa de cume em cume,
Afaga-lhes as faces,
Sente mais perto o lume,
O encanto renasce,
Com o surgir da aurora,
A alma agora,
É doce criança,
Em si não se cabe,
E não sabe,
Se voa ou se dança,
Ficou tão empolgada,
Com a intensidade do carpe diem,
Que se esqueceu a coitada,
Da sua sombra sonora,
E que ainda mora,
No absurdo de mim
.