Para onde ir?
Para onde ir?
O tempo passa velozmente
As horas dançam no relógio
A vida se escoa rapidamente
E o fim vai se aproximando
Tento não pensar, esquecer?
Ela vem sorrateiramente
Espreitando-me a todo o momento
Até chegar o tempo...
Antes eu não sentia
Esta estranha agonia
Também não entendia
Seus verdadeiros desejos
Já não me arrependo
Do que não pude fazer
Nem mais tento esquecer
O que não chegarei a viver
Não me importarei,
Se não sentirei mais emoção,
Se não terei mais razão,
Quero apenas me encontrar,
Preparada para o que ativer
Que enfrentar, talvez um fim.
Amargo, uma escuridão infinita,
Ou uma transformação?
Não tenho medo,
Mas ainda sinto certo apego
Ao sol, ao calor, a atmosfera.
Que circula nesta esfera.
Sentirei falta da primavera
Do verão abrasador
Do inverno tristonho
E do outono risonho
Não sei para onde ir
Sei que um dia irei partir
Talvez num raio de sol
Ao entardecer, num arrebol.