Tentando Entender a Liberdade

O
silêncio melancólico
dos pensamentos errantes.

Descaso com a vida cotidiana,
enquanto busca o infinito.

A incômoda sensação
do sólido limite do corpo físico.

O desejo quase doentio
pela sensação de liberdade.

E então cair em questionamentos sobre a ela:
Qual seria a verdadeira
“liberdade” a ser conquistada?

Seria uma espécie de galope
de bravio cavalo selvagem,

Um poderoso alazão guiado
pelo impulso dos instintos?

Ou seria o abnegado anjo de Deus,
A fazer filho de Sua Vontade
pela via das virtudes?

Tudo parece estar calado,
mas é apenas um falso silêncio.

É um nada todo cheio de inquietação;
são vozes abafadas

Criando uma face serena
que oculta um coração agitado.

Um obscuro conflito
que faz a franqueza supor-se hipócrita.

Uma semente de caos
que faz a razão pensar-se perdida

Para logo depois livrar-se das culpa
e se encher de dúvidas.

E neste interrogar contínuo,
desvendar algo sobre mim:

“De que quanto mais me conheço,
mas pareço desconhecer-me”,

“De que quanto maior se torna a consciência,
mais me sinto pequeno”.

Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 28/05/2009
Código do texto: T1619451
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