Mística...
I
Era uma noite qualquer
Até sem Lua
Mas havia um sonho
Nem estrelas à vista
Encoberta
Pelas nuvens enroscadas
Mas havia um sonho
Havia um outro céu
Com ou sem
Nuvens, luar, estrelas,
Mas havia outra vida
Sem forma moldada.
Havia noite, havia luz, havia sonho
E a luz inundava maravilhósamente
A noite qualquer.
II
A forma era sujeita ao acaso
E o acaso, envolvia circunstâncias,
Reflexivas, reflectivas, subjetivas,
Incansável detentor da chave
Encantada.
Fazer não importava
Nada importava
A não ser a luz que volvia
Entre as formas.
Pode-se dizer:
Era encantamento puro e profundo.
Era vida singular e plural.
Era modo indefectível.
Era tudo o que devia ser.
janeiro 1978
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