Mística...

I

Era uma noite qualquer

Até sem Lua

Mas havia um sonho

Nem estrelas à vista

Encoberta

Pelas nuvens enroscadas

Mas havia um sonho

Havia um outro céu

Com ou sem

Nuvens, luar, estrelas,

Mas havia outra vida

Sem forma moldada.

Havia noite, havia luz, havia sonho

E a luz inundava maravilhósamente

A noite qualquer.

II

A forma era sujeita ao acaso

E o acaso, envolvia circunstâncias,

Reflexivas, reflectivas, subjetivas,

Incansável detentor da chave

Encantada.

Fazer não importava

Nada importava

A não ser a luz que volvia

Entre as formas.

Pode-se dizer:

Era encantamento puro e profundo.

Era vida singular e plural.

Era modo indefectível.

Era tudo o que devia ser.

janeiro 1978

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Walter de Arruda in memorian
Enviado por Walter de Arruda in memorian em 12/05/2009
Reeditado em 06/12/2015
Código do texto: T1589160
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