Presciência do tempo
Sandra M. Julio
Desejo a presciência do tempo,
Para entender os desígnios da vida.
Quem sabe assim, compreenderia esse tangível silêncio
Que talha a saudade, sangrando lágrimas
No paralelismo de intenções.
Quero o desabrochar das flores da consciência
Escoltando intenções e desejos.
Quando o ímpeto da saudade acaricia a alma,
Fazendo com que suspirem as palavras
Em versos que impetram retorno.
Sob os domínios desta ausência,
Sobrevive uma efêmera alegria.
Apequenando-se ao cair de cada noite...
Quando a peregrina saudade retorna
Ao aconchego do meu peito.
Cálido, o coração segue a letargia do tempo...
Virando páginas inacabadas,
Escrutando porquês esquecidos no akasha
Onde ainda chameja
A sôfrega ilusão deste amor.
Sandra
27/07/05