O BOSQUE
Ludmila passeia pelo bosque, e sem perceber
Ela é vigiada por Fauno, Pã, Exu e suas galinhas,
Além do coelhinho de Alice.
Seu amor a espera no fim do labirinto,
Onde mora o minotauro faminto.
Seu amor reside no final do arco-íris,
Num pote de ouro de um duende,
E da bonança pós-tempestade.
O seu amor resiste até a furacões
Como o do Kansas e sua pequena Dorothy.
Que a arremessa ao fim do túnel, onde é guiada
Pela luz de um olhar.
Pelo bosque, ela encontra as migalhas de pão,
Deixadas para as pombas da paz, o príncipe lindo
Coachando sua serenata para o luar do sertão;
A bruxa invejosa com seu gato, lhe preparando
Uma porção!
Naquele bosque, ela espairece em fantasias
Num arrebatamento-abdução para um mundo encantado
Na órbita das bolinhas de sabão.
Naquele bosque, ela esquece das saias plissadas,
Das horas marcadas e espinhas estouradas.
Se tornando um dos entes imaginários desse mundo real!
Ou simpelsmente a sonhadora Ludmila que como todo mundo,
Para a paixão é vunerável e mortal.
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