O tempo a seu tempo
A vida suspira a cada um o carinho silente,
e em cada manhä o murmurio é mais sonoro;
é mais adocicad’pingo d’orvalho derradeiro
que sobe antes que desça o azul, docemente,
ansiand’o sono cosmico de breu que é ouro!
Esbarra na fragrância primaveril que desliza
até’s florestas e mares e ao pé das montanhas
pode-se receber as bençäos em sabor de brisa,
quando no topo dos arvoredos um rio realiza
um veio, um balsamo de luz que à alma apraz,
ao ver as nuvens gràvidas bebendo suas aguas,
que do cosmos vieram e a ele retornam em paz,
num convivi’amoroso d’equilibrio sem magoas!
Uma voz do meio das ondas rebenta esperança,
concebendo à cada alvorada energia e pujança,
que s'intercala no meio de dulcissimas noites,
cronometradas guardiäs dos sonhos ardentes!
Grenoble-FR-17/05/2006