A MÃO DOS POETAS
Os poetas transformam a fantasia em realidade
E a dura realidade em lúdica fantasia
Em cada verso quase pronto
Enchem o insondável peito de alegria
Traçam ponto a ponto
E o que está inacabado
É tão perfeito que parece pronto
São recortes do cotidiano
Escrevem peças com arranjo
Traçam o divino com dedo humano
Como se tecidas pelas mãos de um anjo
Na esteira e periferia da mente
E assim de repente, apenas um verso
Visto junto ou isoladamente
Parece uma peça inteira
Do grande artesão do universo