Horizonte Indecifrável


Há um horizonte indecifrável
Movimenta-se aquilo que não há
Lá está o ponto de fuga improvável
Imediato, anormal, antes que já.
Sob a cúpula da catedral ruída
Resta rito, resta o mito, resta a fuga
Vê se a face de uma multidão vencida
Esculpida a cinzel em cada ruga.
Nessa tela rabiscada com carvão
Cada um enxerga aquilo que pretende
Pois se é fraco quem sucumbe à paixão
Forte então é quem a enfrenta e compreende
Fracos temem
Fortes seguem em frente em sua busca

Roubaram os sonhos meus
Na entropia de desamores
Um progresso regressado
Um beijo esmiuçado
Aguçando este doce deleite
Matando-me aos poucos...

Um a um vai ficando para trás
Dia-a-dia vamos vencendo
Tecendo nossa incólume doce vida
Sendo forte desde a criação
Rumo a um futuro vindouro

29 de abril de 2009
Renato D Oliveira
Enviado por Renato D Oliveira em 29/04/2009
Reeditado em 29/09/2010
Código do texto: T1566991
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