A CHUVA QUE (NÃO) LAVA A ALMA
A chuva que (não) lava a alma
Da tumba Inconsciente ressuscita;
Desejo incontido que não se acalma
Da incerteza que ela, alma, suscita.
Dilúvio interno d'uma mente obcecada
Pela corretidão das leis morais;
Não adimite uma ação despudorada
Posto que é violenta a ditadura que ela vos rogais.
Do obscuro do espírito eis que começa a surgir
Incontroláveis anseios opostos a tal rigor
E todas as regras ditas pudoradas destruir.
Do Consciente discernimento da razão
Que via censura tenta ofuscar qualquer emoção
Vem o abate do profundo Inconsciente e de seu horror...
Poderá mesmo ser assim?